inverno.
Amanheceu um dia,
daqueles que não sonhamos viver,
E esse dia é hoje,
Para mim tão triste,
Com toda dor que existe.
Está em mim e não para,
Não sara,me sufoca,
Quebra-me a cara,
faz-me aos pedaços
Deixa-me aos cacos,é noite em mim.
Não uma noite morna e terna,
Noite prisão-e-caverna,
Frio,solidão,fome que não é de pão.
Sem luar,nem estrela a cintilar,nesta noite fria.
A dor é pura,dura e sem cura.
Não tenho medo,acho que em morrer não há segredo.
Mas sinto raiva,de toda dor que sinto.
Isso me limita,faz a vida não ser bonita.
Me faz querer dormir sem acordar,um sono secular.
Nem sei mais querer,
viver não sei mais,
Sou barco sem mar,
Porto sem cais.
E por tantos ais,nem sei mais viver.
(25/05/2009).
Elenite.