Talvez um Novo Amanhã
Sentimento ruim
No peito
Fragmentos estranhos
Na mente
Dor insistente
No corpo
Na alma
No tempo
Cansaço que acorrenta, falta de alegria, muitas mentiras a minha volta... Nenhuma verdade
Procuro uma saída, uma brecha, uma porta, uma janela que possa me dá uma chance, qualquer chance
Apenas algo para seguir
Mas só vejo meu rosto envelhecer, a areia cair, o sofrer de todas as minhas estações
Vejo partes de mim perdidos pelo caminho, um caminho que nunca foi bom
Uma estrada que devora carne e ossos
Era para ser assim?
Desde o maldito início?
Tantas curvas, tantos nomes, tantas quedas, lugares e perdas para somente estar onde estou?
Lugar algum?
Onde foi que errei?
Sinto o frio começando me alcançar agora, a mão gélida que inconscientemente de uma forma primitiva tentamos fugir.
Me parece tão agradável hoje
Como se estivesse aguardando o retorno ao lar que nunca deveria ter saido
Restou algo ainda?
Não.
O que ficou e veio nunca me fez bem
São só mais esqueletos para enterrar.
Talvez amanhã seja diferente
Talvez amanhã não me sinta triste
Talvez amanhã haja paz
Talvez amanhã não esteja mais aqui.