Adeus, Meu Quase Amor…- à Mel que há uma semana, começou a partir, rumo ao Invisível, para sempre…

O sol coloca-se

Num ponto

Onde

Eu nunca

Poderei estar

É o local

Onde agora

Estás a morar…

E fazes aquele truque

Que me deixa

A sorrir

Que me deixa a chorar

É o teu toque

Que para a vida

Sempre teve o condão de me despertar…

Adeus Meu Quase Amor

Adeus

Que me trazes

Tanto prazer

Como dores…

Porque partiste

E eu nunca consegui dizer

Aquilo que sentia

Tudo o que sentia

Partiste

E deixaste-me

Aqui tão só

A sofrer…

E eu pensei

Que nunca me quiseste ver infeliz

Pensei

Que nunca me irias deixar

Aqui

Aqui…

Adeus

Minha Amiga

Meu pedacito de céu

Na altura

Em que quase fundimos sonhos

No momento

Em que aquilo em que pensavas

Quase foi também meu…

E o meu peito

Arde com ternura

Por saber que estás num local melhor do que este

Por saber

Que já não estás aqui

Minha doce

E dúbia

Tortura…

Como posso eu então

Encarar

Cada novo dia

Cada nova madrugada

Sem saber

E ouvir

As tuas palavras

Que tanto me protegiam de um mundo

Que temo

Como me impulsionavam para ele

Para o conquistar?

E eu não posso evocar

As ondas do teu mar

Para me proteger

Tenho medo de percorrer as ruas

À tua procura

Raio de vida

Raio de tortura

Em que a tua memória

O que foste

E és em mim

Será a eternidade

Será

Tudo aquilo que eu tenho

E terei

Para te dar

Porque foi por muito pouco

Minha amiga

Que nunca cheguei

A plena e portentosamente te Amar…

Adeus Meu Quase Amor, Adeus, Adeus, Adeus…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 19/07/2010
Código do texto: T2387030
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