Adeus, Meu Quase Amor…- à Mel que há uma semana, começou a partir, rumo ao Invisível, para sempre…
O sol coloca-se
Num ponto
Onde
Eu nunca
Poderei estar
É o local
Onde agora
Estás a morar…
E fazes aquele truque
Que me deixa
A sorrir
Que me deixa a chorar
É o teu toque
Que para a vida
Sempre teve o condão de me despertar…
Adeus Meu Quase Amor
Adeus
Que me trazes
Tanto prazer
Como dores…
Porque partiste
E eu nunca consegui dizer
Aquilo que sentia
Tudo o que sentia
Partiste
E deixaste-me
Aqui tão só
A sofrer…
E eu pensei
Que nunca me quiseste ver infeliz
Pensei
Que nunca me irias deixar
Aqui
Aqui…
Adeus
Minha Amiga
Meu pedacito de céu
Na altura
Em que quase fundimos sonhos
No momento
Em que aquilo em que pensavas
Quase foi também meu…
E o meu peito
Arde com ternura
Por saber que estás num local melhor do que este
Por saber
Que já não estás aqui
Minha doce
E dúbia
Tortura…
Como posso eu então
Encarar
Cada novo dia
Cada nova madrugada
Sem saber
E ouvir
As tuas palavras
Que tanto me protegiam de um mundo
Que temo
Como me impulsionavam para ele
Para o conquistar?
E eu não posso evocar
As ondas do teu mar
Para me proteger
Tenho medo de percorrer as ruas
À tua procura
Raio de vida
Raio de tortura
Em que a tua memória
O que foste
E és em mim
Será a eternidade
Será
Tudo aquilo que eu tenho
E terei
Para te dar
Porque foi por muito pouco
Minha amiga
Que nunca cheguei
A plena e portentosamente te Amar…
Adeus Meu Quase Amor, Adeus, Adeus, Adeus…