DA MORTE
Da morte tão súbita,
que podemos esperar,
se sem tempo e súplica
veio vida bela roubar.
Apesar do consolo
de a outras vidas voltar,
ou quem sabe - paraíso;
lado direito - juízo.
Por melhor que seja - só.
O cessar do sorriso.
Corpo vai virar pó.
Morte é despedida
até pro otimista,
sempre fim de uma vida.
Caixão, cinzas - que vista...
Com tristeza sofrida,
de preto e de branco
vestindo a dor.
De rosas coloridas
nos dizeres do amor.
Do cenário doce-cruel
de oração e de louvor.
Corpo embaixo do véu,
pálido, estático.
Esperança de um céu
e da morte apático.
Espiritualista ou não,
prefiro na vida ficar!
Mesmo indo e voltando,
melhor é não separar.
Mas não cabe a mim.
Bem queria...
É ao Deus? Será assim?
O destino, meu fim...
E você, já pensou?
O mistério da morte,
refletiu? Suportou?