LIBÉLULA...

Banhado em delírios e suaves melodias permeiam o coração,

Nas distâncias do infinito sobre o cinza da cidade,

Mais delicado que a pétala, mais obstinado que a paixão,

Arrancam-me a alma as garras afiadas da saudade!

Já sei do mar quebrando as ondas uma-a-uma no rochedo,

Do mar alto, da vazão, da vertigem na madrugada,

Dos olhos perdidos, tal qual o amor não correspondido.

Dos males que a ciência não viu, sentiu minha alma sangrada!

Deus, que o meu imo desprenda-se! E que suba aos céus!

E se o mar nem a noite de vinho daqui me deportam,

O ritmo lento do vento no rosto reage,

Com memórias do passado longínquo que recordam,

Ao garoto sozinho, caçando libélulas em seu pousar suave.

Tomb
Enviado por Tomb em 16/07/2010
Código do texto: T2380829
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