Título clichê: Dor.
Bob Dylan e Monalisa formam um belo casal.
Eu não estou sorrindo com os dentes,
nem com os olhos,
nem com a alma.
Hoje chove aqui onde eu moro,
hoje chove aqui dentro de mim
hoje essa chuva escorre pelo meu rosto.
Te disse que tinha um nó na garganta,
te disse a verdade;
ainda tenho, meu amor,
ainda tenho...
Ainda não choveu o suficiente.
Já tive várias oportunidades de te pedir ajuda,
o mesmo tipo de ajuda que você me pediu,
(por mais estranho que pareça
meu amor, não sou tão só assim)
mas eu nunca disse nada.
Ainda tenho inveja de você,
sim,
mas minha raiva também está muito grande.
Não vou sumir, apesar de querer,
talvez suma de “perto” de você por um tempo,
tenho o defeito de guardar mágoas
por um tempo
e seria falsidade comigo mesma
dizer que está tudo bem;
Há dois dias isso aqui tem sido uma merda,
há tantos dias preciso de você
e você me dá um tapa na cara,
daqueles que doem de um jeito ruim,
dói bem além da superfície
mas a dor fica tão visível quanto uma cicatriz
e maquiagem nenhuma esconde.
Te agradeço por todas as horas boas,
por todas as conversas,
por todas as vezes que te senti
droga!, eu te senti!,
e também pela chuva de hoje,
lá fora e aqui dentro,
e por ter feito diminuir o nó na minha garganta.
Você é a pessoa mais incrível que conheci até hoje,
isso não muda.
Mas minha raiva é muito grande.