Onde estáveis, lágrimas?...
Onde estáveis, lágrimas,
quando mais de vós precisei?...
onde estavas, fonte morna,
quando gelo me tornei,
petrificando na alma
gumes da dor que pisei?...
onde estavas, manto doce,
quando por dentro chorei,
vitrificando nos olhos
humidades que sangrei?...
em fome e insipidez,
em sede e influidez,
a vós, lágrimas, vos direi:
de tanta dor eu morri,
que sem querer
vos matei!...