Zero a Zero
Lá fora tudo me parece igual
Tempestade urgente se formando no céu
Tarde lentamente escurecendo em véu
Num dia de inverno
Que não é frio
Um absoluto normal
Dias sempre tão semelhantes
Tempo, moinho, mudanças, semblantes
Entre o que há
E o que há de vir
É estranho
Mas, não me assombra
Esse vago
No sentir
E na mesmice do dia que se esvai
Consumo meu tempo
Em pensamentos
Surreais
Não é sofrer
Não comporta o esperar
Nem tão pouco esse embalo
Tristonho
Que meus ouvidos
Teimam
Em escutar
É só um arrefecer
Sem laudas marcadas
Na alegria
Ou no sonho
...
Lá fora, por ora
Parece-me tudo igual
Mas, não
Aqui dentro
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