ESSAS COISAS DA ALMA

Do outro para um lado,
Anda... ciranda com a saudade,
Divaga, olha ensimesmado,
Os desencontros da cidade.

Da vida concreta que desfruta,
Sofre... encobre a ternura,
É muito desigual essa luta,
A mente sente a ruptura.

Da noite que chega - abraça,
Multiplica o tom da solidão,
Nem os sorrisos das crianças na praça,
Trazem conforto ao seu coração.

Do pranto lento que desce...
Pela tez cansada - anoitecida,
Da alma que tenta, mas, não esquece,
Um tenso amor que deixou ferida.

Do não saber o que se faz,
Com a angústia que amanha o ser,
Se há possibilidade de paz;
Onde - que não consegue ver?