SILÊNCIO...
Calabouço úmido, solidão e dor,
Ausência de luz onde a alma mergulha.
Fungos destroem o alojamento do amor,
Imagem mutilada, fogo e fagulhas.
Vasto vazio, tardes perdidas,
O banco da praça sucumbe ao tempo.
Do relógio da igreja não se houve as batidas,
Quem sabe o passado trás de volta o momento?
O bilhete exibe vincos profundos,
São marcas que o tempo irá apagar.
Nossas vidas, confluência de dois mundos,
Correnteza de orgulho, vem o amor afogar.
Palavras proferidas na intensidade profunda,
Meu silencio é o vento que sopra do oriente.
Contrastando com vocábulos da língua iracunda,
O sol permanece fiel à sua nascente.
30/05/2010