SILÊNCIO...

Calabouço úmido, solidão e dor,

Ausência de luz onde a alma mergulha.

Fungos destroem o alojamento do amor,

Imagem mutilada, fogo e fagulhas.

Vasto vazio, tardes perdidas,

O banco da praça sucumbe ao tempo.

Do relógio da igreja não se houve as batidas,

Quem sabe o passado trás de volta o momento?

O bilhete exibe vincos profundos,

São marcas que o tempo irá apagar.

Nossas vidas, confluência de dois mundos,

Correnteza de orgulho, vem o amor afogar.

Palavras proferidas na intensidade profunda,

Meu silencio é o vento que sopra do oriente.

Contrastando com vocábulos da língua iracunda,

O sol permanece fiel à sua nascente.

30/05/2010

Paulo Moreno
Enviado por Paulo Moreno em 08/07/2010
Código do texto: T2365408
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