DE DENTRO DA CELA
mãe, aqui de dentro da cela
olhando pela janela
a vida passar lá fora
hoje sem ter liberdade
é grande a dor da saudade
que eu sinto da senhora
hoje os meus companheiros
vão ficar o dia inteiro
a comemorar este dia
eu não vou participar
porque não consigo encontrar
neste inferno a alegria
chamam isso de cadeia
talvez por ser a mais feia
casa que eu já morei
lar, somente um conheci
a casinha onde nasci
e que sem motivo deixei
era uma pequena casinha
muito simples pobrezinha
porém muito rica em amor
hoje somos em quarenta
nesta cela suja e nojenta
do final do corredor
quantas vezes ai em casa
você se levantava
e me cobrir você ia
aqui eu durmo no chão
sem coberta e sem colchão
nesta cela suja e fria
me lembrei neste momento
do velho fogão de cimento
que o papai fez pra você
e você com sus maõs preciosas
fazia uma comida tão deliciosa
que eu jamais pude esquecer
aqui mãe,aqui eu como o que vem
porque a gente nãotem
direito de reclamar
e quem bancar o machão
fica sem refeição
ouvindo o estomago roncar
mãe,eu sei que hoje é o teu dia
também sei que não devia
essas coisas te contar
me perdoe se pra você isso é ofença
eu só queria que voçê visse a diferença
que isso tem de um lar
minha sentença já saiu
mas o juiz não permitiu
que eu fosse lhe visitar
trinta anos ele me deu
dizendo que um animal como eu
não tem direito a um lar
tudo que me resta agora
é orar pela senhora
e nossa familia tão bela
a minha vida será triste e sem alegria
porque troquei um dia
o meu lar por esta cela...
POETA AMBIENTAL
mãe, aqui de dentro da cela
olhando pela janela
a vida passar lá fora
hoje sem ter liberdade
é grande a dor da saudade
que eu sinto da senhora
hoje os meus companheiros
vão ficar o dia inteiro
a comemorar este dia
eu não vou participar
porque não consigo encontrar
neste inferno a alegria
chamam isso de cadeia
talvez por ser a mais feia
casa que eu já morei
lar, somente um conheci
a casinha onde nasci
e que sem motivo deixei
era uma pequena casinha
muito simples pobrezinha
porém muito rica em amor
hoje somos em quarenta
nesta cela suja e nojenta
do final do corredor
quantas vezes ai em casa
você se levantava
e me cobrir você ia
aqui eu durmo no chão
sem coberta e sem colchão
nesta cela suja e fria
me lembrei neste momento
do velho fogão de cimento
que o papai fez pra você
e você com sus maõs preciosas
fazia uma comida tão deliciosa
que eu jamais pude esquecer
aqui mãe,aqui eu como o que vem
porque a gente nãotem
direito de reclamar
e quem bancar o machão
fica sem refeição
ouvindo o estomago roncar
mãe,eu sei que hoje é o teu dia
também sei que não devia
essas coisas te contar
me perdoe se pra você isso é ofença
eu só queria que voçê visse a diferença
que isso tem de um lar
minha sentença já saiu
mas o juiz não permitiu
que eu fosse lhe visitar
trinta anos ele me deu
dizendo que um animal como eu
não tem direito a um lar
tudo que me resta agora
é orar pela senhora
e nossa familia tão bela
a minha vida será triste e sem alegria
porque troquei um dia
o meu lar por esta cela...
POETA AMBIENTAL