Ás vezes sinto-me...

As vezes sinto-me estranha...

N reconheço o que sou e o que quero ser...

Tento descrutinar o que faço com este passado que atormenta o meu presente

Queria voltar a rir, como aquela menina sonhadora que achava que o mundo podia ser aquilo que quissesse, bastava acreditar e nunca deixar de sonhar...

Já não sou assim, foi-me retirado á força bruta a força de um amor mal amado...

Um amor afogado em mentiras, em desejos expostos

Um querer fundo, mas jamais alcançado...

Quero voltar a rir , a rir profundamente, um riso sem razão...

Quero voltar a acreditar que sou capaz que posso ir mais alem

Ir para além de ti e de mim, simplesmente pelo prazer de ir...

Com a certeza que poderia voltar...

Porque afinal nunca tinha ido...

Apetece-me ficar mais um pouco, aconchegar-me no lençol de ti, sem ter medo do que possa vir...

Sem a incerteza daquilo que sentes verdadeiramente por mim

E estou cansada, sim estou cansada das sombras do passado que teimam em agarrar-me e sufocar-me.

E no final fica sempre este sabor amargo no coração

E este mar que teima em inundar-me os sentidos

Quero ver-me livre de ti,mas não do teu amor, da tua busca incessante desse alguém

Que arruina aquilo que somos e o que podemos ainda vir a ser

Deixa-me voltar a sonhar, deixa-me voltar a sentir-me protegida e querida

Deixa-me ficar ás vezes só a olhar

E pára...Pára de me magoar...

R
Enviado por R em 02/07/2010
Código do texto: T2354457
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