RUAS DE AREIA


Uma rua cheia de poeira,
uma rua cheia de saudade,
do pensamento é a fronteira,
uma tristeza na cidade.

Minha rua da agonia
a mina da recordação,
o verso triste da poesia
que adoece um coração.

Já foi o jardim da vida,
mas hoje está deserta,
faz sangrar minha ferida,
mantém, a ferida aberta.

Fui um dia seu habitante,
página, que ninguém leu,
motivo da saudade castigante...
Nessa rua....Ela morreu....

E na vida...Fiquei perdido,
o que ainda acontece comigo,
depois desse sonho destruido,
tudo que restou...É um mendigo.

Poeira, que nesse ar flutua,
com o vento que parece o minuano...
Olha lá de cima, andando pela rua,
a imagem ,de  um farrapo humano...

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 01/07/2010
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