O que resta de mim…?
Cinzas…
Palavras feitas em cinzas
Imensos actos
Infinitas intenções
Que arderam
No calor
Das minhas emoções…
Um nada
De uma poderosa
E centrifugadora
Solidão
Uma defunta paixão
Pela imensidão
Pedaços de fé perdida
Um negro coração…
Sentir que ninguém gosta de mim
Apesar das palavras que me dão de esperança
Sentir que não me entendem
Sentir que estou sozinho
Sentir-me o último homem do mundo
Perdido na imensidão
Sentir que estou na via
Da mais absoluta e cruel solidão…
Uma busca defunta pela luz
Uma vontade de abraçar a vida
Uma vontade de abraçar as trevas
Um segredo oculto em mim
Que já o vi
E tenho medo dele
Uma vontade
De partir
Mas para onde…?
Já fui a tantos locais
Dentro e fora de mim
Que francamente
Já não tenho mais para onde ir
Já não me resta nenhum local
Para onde fugir…