Não serei eu.
Não serei eu a enxugar as lágrimas que amas derramar,
nem serei aquela que consola quando lamúrias declamas
encurvando-te sob o peso de um destino que constróis.
Não serei mais aquela que te ouve em silêncio,
nem aquela que te aquece, quando perdes teus outros sóis.
Quando acordares das tuas insanidades não estarei lá,
não haverá mais nada de meu.
Vais virar o rosto de lado, terá ali alguém deitado,
mas com certeza não serei eu.