Oh! Senhor das tempestades...
Nem a beleza se povoada de gente,
é poupada da sanha devastadora,
este lamento tão triste e presente,
não conhece uma mão salvadora!
Antes, o sul foi o castigado,
tempos depois, o sudeste foi o alvo,
pra onde elevar o pedido rezado,
se nada neste mundo está salvo?
Repete-se constante e repentina a dor,
vem a tragédia, vidas e bens a tragar...,
por instantes, duvidamos até do amor,
que de Deus deveríamos esperar...
Não podemos olhar e sossegar a alma,
ficar indiferente diante deste mal,
usufruir a nossa vida feliz e calma,
enquanto irmãos enfrentam um juizo final.
Oh! Senhor das tempestades...
Amanhã, quando digno de teu perdão,
puder aquele sofrido gritar a sua verdade,
entenda o seu pobre e dilacerado coração!
Malgaxe