Paranóia

Paranóia

Minha sombra deseja minha morte

nada posso tocar se não me de seus sorrisos

luto para não morrer !

Mas as vezes chamo esses tais lírios brancos fúnebres .

Todos querem minha morte .

Meu Deus me traiu !

Aonde está ele , que ungi meus inimigos e com crisântemos celebra minha morte ?

Só confio nela a quem dei a chave das minhas fraquezas .

Meus inimigos me cercam .

Preciso me armar !

Não terei sentimentos para com aqueles que me odeiam .

Estou cansado do olhar sarcástico da morte

não tenho para onde ir

a morte só me deixa o abismo !

Sou agora a descrição da solidão .

Tenho medo de sonhar e morrer ao fim do sonho .

Não confio em rosas , só em meus lírios .

Todos os lábios que beijo creio ser envenenados

que culpa carrega os lábios ?

Ouço a música da minha vida tocar em meu último dia .

Nada mais importa . Não quero fugir .

Antes de morrer me deixe sonhar .

Feche os meus olhos tranquilamente

deixe eles aqui .

Não quero mais imaginar o amanhã

amanhã eu tenho de não ti ter .

Quero voltar aos braços seus

aí , a morte não me provoca .

Só você carrega a palavra que me mata e me faz sonhar .

Em seus silêncios não ouvia passos em minha direção .

Me rendo então a morte , por não ter mais aquela paz que emana do seu calar .

Aquele silêncio que me deixava sonhar .

Tudo em você será suavidade

e tal suavidade ficará intacta ...

longe da minha verdade ...

que os que não me amam , dizem ser a “ paranóia “ .

Dominic Daniel
Enviado por Dominic Daniel em 22/06/2010
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