Paranóia
Paranóia
Minha sombra deseja minha morte
nada posso tocar se não me de seus sorrisos
luto para não morrer !
Mas as vezes chamo esses tais lírios brancos fúnebres .
Todos querem minha morte .
Meu Deus me traiu !
Aonde está ele , que ungi meus inimigos e com crisântemos celebra minha morte ?
Só confio nela a quem dei a chave das minhas fraquezas .
Meus inimigos me cercam .
Preciso me armar !
Não terei sentimentos para com aqueles que me odeiam .
Estou cansado do olhar sarcástico da morte
não tenho para onde ir
a morte só me deixa o abismo !
Sou agora a descrição da solidão .
Tenho medo de sonhar e morrer ao fim do sonho .
Não confio em rosas , só em meus lírios .
Todos os lábios que beijo creio ser envenenados
que culpa carrega os lábios ?
Ouço a música da minha vida tocar em meu último dia .
Nada mais importa . Não quero fugir .
Antes de morrer me deixe sonhar .
Feche os meus olhos tranquilamente
deixe eles aqui .
Não quero mais imaginar o amanhã
amanhã eu tenho de não ti ter .
Quero voltar aos braços seus
aí , a morte não me provoca .
Só você carrega a palavra que me mata e me faz sonhar .
Em seus silêncios não ouvia passos em minha direção .
Me rendo então a morte , por não ter mais aquela paz que emana do seu calar .
Aquele silêncio que me deixava sonhar .
Tudo em você será suavidade
e tal suavidade ficará intacta ...
longe da minha verdade ...
que os que não me amam , dizem ser a “ paranóia “ .