Banquete de despedida
São quatro horas da tarde
O Sol começa esmaecer
E quando o Sol se esconder
Eu sei, vai doer...
Como arde em cada fim do dia
A tristeza não perdoa...
Amiga fiel não desiste... insiste,
Pensei já havíamos nos despedido
E ainda não partiste...
Enquanto não me toma por inteiro
Não te satisfazes...
A minha dor te compraz
Ah, companheira maldita
Por que te aprazem minhas dores,
Meus desamores... minhas saudades...
Por que te regozijas a sorver minhas lágrimas
Uma taça, outra taça e meia...
Infeliz, audaz... por que nunca te satisfazes?
Então, pacientemente, aguardes... logo mais
Quando por fim escurecer...
Vou servir-te um banquete
De incontáveis taças...
Creias, ainda há muitas
Hás de saciar tua sede contumaz
Pelo que sinto ainda há muitas... e muitas lágrimas
Para saciares enfim, tua sede voraz e
Em habitual banquete, outra vez rejubilar-te
Mas por favor, depois,
Imploro que partas...