Quando acordei
Vejo as lagrimas a molhar teu rosto
Sinto-te, longe em vão desgosto,
O seu olhar que agora perdura
Em outros olhos, a esconder a figura
De como foste por mim querida.
Vejo o céu a espelhar seu sorriso
Corro e me escondo no primeiro abrigo.
A fim de fugir, da dor que me dera
Nesta triste e brada primavera.
No silêncio ressoa meu canto
Em tal lamento o assombro.
De ver-te distante de mim
Em um efeito causado pelo fim.
A marralhar meu sorriso perdido
Encontro-me nesse abismo
Criado por minha tristeza
Denotando-me somente a certeza
De que tudo foi esquecido.
Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2009.