Sombras, de um vácuo.
Sentado no canto da cama,
Seguro em tuas mãos!
Neste negro canto do quarto,
Ouço o breve, de teu canto.
A me vir pela fresta da janela,
Num sussurrar do horizonte,
Que já espelha à tardinha,
Tão tua! Tão minha.
Assim podemos,
Assim devemos...
Olhar e pensar com a razão,
O breve e lindo dia, que nos foi bom!
E agora, jaz na imensidão.
E somente agora senhora.
Digo-vos, que suas mãos são as minhas.
Com os dedos cruzados, entrelaçados,
Empunhada uma a outra,
Seguro só! A admirar o infinito.
Sem o som de uma seresta
E o gorjeio do canarinho,
Mínguo, também sem tu!
Neste outro lado do mundo,
No ríspido, silencio do nosso ninho.
...........” Catarino Salvador “.