OCULTO
Uma máscara sem expressão
Usada pelo sofredor interior
Para esconder um passado
Onde tudo se resume em dor
Um cano que atravessa o presente
E chega ao retro vivido
Encontra velhos sonhos
Desfalecidos no relente do esquecimento
Ao justo o que é dele
A mim, o meu resto
Estou falido de boas emoções
Uma riqueza que não pude guardar
Agora, rastejo diante de teus pés
À espera de tuas migalhas
Por mais que não sáibas
Estou camuflado ao chão
Com minhas vestes sujas
Meu mimetismo egoísta
Minha luta pelo passado
Vejo meu distúrbio com repúdio
Aqueles dias foram bons
Mas não fui sincero comigo
Aos poucos eu me traí
E tirei de mim a razão
Perdi meu chão
Destruí minha vida.
Os suicídios perduram...
Até quando?