A máscara e a espada
Guida Linhares

Nem posso ainda acreditar
que partiste deixando a máscara,
que usaste por tantos anos
quando dizias me amar.

Do preto luto me cubro
diante da morte de um amor,
que perdurou por anos a fio
agora tingido de sangue rubro.

Que da tua cruel espada,
escorreu sem compaixão alguma,
cortados os vínculos que nos uniam
me deixando sozinha e sem nada.

Ferida, ganhei asas protetoras
tornando-se da alma, salvadoras
na defesa de cada estocada tua.

Te mostravas cada vez mais ferino!
Arrancaste a máscara em desatino
e jogaste aos meus pés ainda nua.

Destruidas a máscara e a espada,
uma nova vida se faz descortinada,
do Fórum vislumbro o sol na rua.

Santos/SP/Brasil
03/09/06


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