Evidências

Encontro naquele caminho,

As luzes perdidas nas sombras,

Nos vultos das mesmas palavras,

As aparições forjadas da mente

Designando seus corpos,

Plumas que voam no espaço poluído,

Inibindo meus movimentos.

São minhas as diferenças,

Meus medos nas fugas,

Não consigo concatenar,

Formar as novelas,

O colorido das telas,

As faces que confundem

Batendo violentamente

Contra meu rosto.

Caminho levemente em quintais,

Na febre que desencoraja

Desfilando perdas, ganhos,

Vitórias, derrotas.

Ah, humanidade falsa, esquecida,

Cega, febrilmente alheia,

Perdida nas conquistas,

Enquanto o mundo sucumbiu

Seus prazeres são dispostos, satisfeitos.

E a vida rotineira carrega,

Leva a inconstância

Fluído de substância,

Eflúvio que mareja bênçãos,

Mas, que não repousam,

Não ficam nas páreas absorvidos,

Contaminados pelo egoísmo.

Paro, meu caminho é uma estrada,

Uma trilha de cortes

Sem a absorção indevida das coisas.