QUANDO METADE DE MIM MORREU

Quando metade de mim morreu,

a outra metade se fez mais forte

pois teria que carregar a vida-

uma vida impregnada de morte.

Morte de tantos sonhos,

de outras tantas alegrias;

morte de encanto imenso

que mesmo frágil, resistia.

Mas a parte que morreu

não morreu assim, de repente.

Foi morrendo lentamente,

afundando nas dores que sofreu.

Ela não quis ficar neste mundo,

presa em desgosto profundo,

e pouco a pouco, desapareceu.

Mas ela era mais doce,

mais compassiva acredito que fosse,

que a amarga parte que sobreviveu.

Ela era apaixonada.

Tinha amor onde há quase nada,

dentro desta que agora sou eu.

NINNA SOPHIA
Enviado por NINNA SOPHIA em 13/06/2010
Código do texto: T2316774
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