Mais um copo e se vai à dor
Turvo é meu olhar
Distante de ti,
Vejo a ruína se despedaçar.
Calmo fulgor que vem de mim.
Sinto! Como hei de ter sentido,
Ébrio pela estrada a seguir?
Cores deixam o mundo tão casquilho
Choram, por não ter você aqui.
Mais um copo e se vai à dor.
Mais esperança a tomar meu ser.
O leve e ardente olor.
Faz-me então querer viver!
Veja! Quase escuto o silencio;
Frêmito, assombro a ecoar,
Leve... Sinto-me como o vento
Almejando te tocar.
Sonho! Mais um vão momento
Entre brisas a insular.
Vejo teus olhos claros,
Serenos a me fitar.
Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2009.