No ocaso o acaso

Minhas razões tão nulas,

Bem pequenas, alheias a realidade do mundo.

Minhas causas tão efêmeras,

Tanto quanto a idéia de felicidade.

Minhas coisas tão cheias de caprichos,

Orgulho e bestificado.

Minhas tão minhas as pautas vazias,

Continuam brancas,

Ávidas, áridas,

Doce expectativa da mácula,

Da mancha da tinta,

Da poesia quase que,

Vestida,

Despida,

Solta feita de você.

Meu pouco,minhas,

As horas, o tempo

A palavra que concebe,

O fruto que cresce,

A flor que viceja.

Minhas tão minhas as mágoas,

Fruto da decepção

De ser e não ter

E te encontrar, acontecer no acaso

E ver, entender que tudo pode raiar,

Brilhar na aurora,

Mas, fenecer em qualquer ocaso.