Súplicas

As portas estreitas do sonho

Só abro para me rasgar em

Saudades.

Assim as janelas da parede nula

E as gavetas daqueles armários

Onde guardo papéis pintados,

Palavras que não falei,

Meu fígado, minha fome,

Espelhos suplicantes,

E tudo mais que ouço

quando tu choras.