Canção dos Perdidos
Tenho andado pelas ruas
Sozinho, sobe um céu de chuva
Perdido entre assassinos
Escondido sobre os olhares perversos do mal
Protegido por anjos feridos
Odiados por demônios enfurecidos
Tenho andado tão só
Feito um estranho longe de casa
As coisas estão tão difíceis
E eu complico ainda mais
Sobre um som de versos e rimas
Que ninguém consegue entender
Tenho tentado mudar as coisas
Tenho fugido de um destino cruel
Vou indo embriagado
Cheio de vícios
Com as roupas podres a acool
Assustando, assustado
Sobre os olhares impiedosos dos populares
Sem casa, sem identidade
Quem sou eu?
Que eu já fui?
Tantas perguntas que não sei responder
Sem fuga, sem mapa
O que resta nessa vida?
Considerado com uma figura desumana
Marginal insano
Culpado, sem culpa
Pergunto-me?
Onde será o fim do poço?