GRADES
GRADES
Joyce Sameitat
Meus poemas estão voando mundo afora;
Sem que eu possa sequer os controlar...
Cada um dos que fiz é uma gota que chora;
Pouquíssimos são os que decidiram ficar...
Dentro de mim mesma me encontro cativa;
Voando qual as nuvens do céu externo...
Meus sentimentos de formas tão vivas;
Quedam-se mudos só olhando o eterno...
Tento usando de força tudo para me libertar;
Até me vejo nas grandes tristezas a sorrir...
Aonde estou nem que queira posso amar;
Embora possa sentir meu coração a florir...
São poemas que ficaram tentando libertar;
Meus sentimentos que fazem pouco caso...
Passam o tempo inteiro só a se digladiar;
Do nascer do sol e adentrando o ocaso...
São Paulo, 06 de Junho de 2010