PRISIONEIRA

Sim. É o que sempre direi ao teu chamado.

Claro como o céu que só encontro em telas,

Escuro como o sopro a apagar as velas.

Azul daqueles obtidos depois de muito misturar a cor.

A cor do amor? Sim. Eu só veria em teu sorriso.

Devo dormir para enxergar o que eu não vejo

E encontrar-me em ti – azul e céu, desejo.

O mar nas mãos a acenar pra mim

com estrelas acendo cada um dos teus pedidos.

Envolvo teus cabelos em um véu.

Com outras tintas cubro a tua face

Teus olhos dizem que perdoa

Mas o rosto é um disfarce –

Só verão os que souberem da alegria que há na dor.

Queres respostas e terás a mim

Livre e preso em um enredo que será meu fim.

O sonho começa quando tentas livrar as mãos e os cabelos

Para me conduzir ao fundo das águas

Onde és dona do mundo e de tudo que roubei de ti.

Sim. Serei teu quando quiseres

Aí então te deixarei partir...

Claudete Mello
Enviado por Claudete Mello em 06/06/2010
Reeditado em 28/08/2014
Código do texto: T2303425
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