PRISIONEIRA
Sim. É o que sempre direi ao teu chamado.
Claro como o céu que só encontro em telas,
Escuro como o sopro a apagar as velas.
Azul daqueles obtidos depois de muito misturar a cor.
A cor do amor? Sim. Eu só veria em teu sorriso.
Devo dormir para enxergar o que eu não vejo
E encontrar-me em ti – azul e céu, desejo.
O mar nas mãos a acenar pra mim
com estrelas acendo cada um dos teus pedidos.
Envolvo teus cabelos em um véu.
Com outras tintas cubro a tua face
Teus olhos dizem que perdoa
Mas o rosto é um disfarce –
Só verão os que souberem da alegria que há na dor.
Queres respostas e terás a mim
Livre e preso em um enredo que será meu fim.
O sonho começa quando tentas livrar as mãos e os cabelos
Para me conduzir ao fundo das águas
Onde és dona do mundo e de tudo que roubei de ti.
Sim. Serei teu quando quiseres
Aí então te deixarei partir...