Indignação!
Quando em ti o inverno chegar,
Então corres aos lírios do campo;
Beija às mãos da criança a passar,
E oferta a bondade em forma de amar.
E se a chuva em tua noite cair,
Sai às ruas olhando ao teu lado;
Se encontrares um irmão a pedir,
Parte o pão e a coberta calado.
Quanto tempo tem um ancião,
De calçadas, de fome e de frio?
Não perguntes estendes tua mão;
Faz agora e evites o “teu calafrio.”
Na barriga daquela senhora,
O embrião pensa: vou perecer;
Pois pressente que o mundo lá fora
Tem traçado seu negro viver.
Vejo a lua opaca escondida,
Hoje o sol não brilhou nas colinas;
Sente as dores incompreendidas,
De uma lágrima escondida por trás das cortinas.
Era o tempo e o vento a soprar,
E nas guerras Nações combatiam;
Sem motivos deixando ao relento,
Pobres jovens, sem causas morriam.
Esse texto não é ficção, nem imaginação.
É a verdade em um grito de Indignação!
Goretti Albuquerque