A cor do sofrimento na beleza da poesia (Dedicada ao poeta Luiz Fernando prôa)
Eu quero sorrir!
Chorar de alegria.
Eu quero ver as lágrimas
Formando um rio de água fria.
Rio que corre pro mar
Onde eu conheço a cor do sofrimento
Na beleza da poesia.Poesia!
Deixam-me chorar
Permitam-me estar
E quando eu quiser ir embora
Abram os portões para eu passar.
Nem tudo é sofrimentoQuase tudo é poesia!
Eu quero costurar flores de outubro
Na minha fantasia.Eu quero sorrir!
Eu posso chorar!
Abram as portas Preciso passar.
Conheço a dor que trago no peito
Onde o predicado vira sujeito
E até quem não se candidatou
Já foi eleito.
Preciso mostrar o meu riso
Aquecer-me na luz fria
Enquanto a cor do sofrimento
Concede autoridade à beleza da poesia.
(Débora Moreno)