Dualidade em meu corpo

Sinto em vida, sinto em cores,

Sinto em morte... E a morte é a vida após:

Repenso a vida, corto-me, sangro-me

Na inconstância de sentir tristeza...

Sou o fracasso da vida, sou o fracasso em meu talento,

Sou aquele que persiste ao vago nada;

E nestas palavras vejo o hiato artístico que me aflora...

Sou a luz de o sol á fenecer ao crepúsculo eterno

De meu intimo, sou a alegria que morre, a agonia

Que transborda em meu corpo chamando-se lágrima,

Sou a inspiração que não se encontra,

O verso que hoje não se cria, todos sempre

Sem métrica á escassa melodia, á blasfêmia!...

E eis reticências ao findar, para que o soneto morra!:

... ... ... ...

( -06-10)

Felipus
Enviado por Felipus em 05/06/2010
Código do texto: T2301536
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