Noite

Nas conversas amigas com as cobertas,
Pelas intermináveis noites,
Descobertas para a realidade.
Eram como fendas nas rochas,
Grutas escuras devassando,
Descobrindo o outro lado
Imerso no desconhecido,
Fatídico sonho aberto.
O esquecimento vindo por instante,
Pensamento em linha travessa,
Brincando de esconde-esconde,
Girando em rodas, em festa,
Sem o grito da meninada.
Mas, era conversa verdade,
Entre sobretudos da vida,
Capotes de vento frio,
Aromas, perfumes de saudade.
Eram tronos vadios,
Contendas de amores enlaçados,
Corpos bem antes abraçados
Jogos de amores enlutados.
Perdi, mas, sei que não ganhastes,
Faço a alma nutrida pela derrota,
Amargando sabores, frustrações.
Enquanto perdestes, dentre nossas conversas íntimas
Tudo da vida que mais te importa...