NOITE

“Só Deus sabe quantas vezes mergulho no sono com a esperança de nunca mais despertar; e, pela manhã, quando arregalo os olhos e torno a ver o sol, sinto-me profundamente infeliz.”

- Os Sofrimentos do Jovem Werther –

- Goethe -

No fim do crepúsculo não mais me seguem

as sombras que atormentam-me a alma.

Embriago-me de trevas e repouso na relva,

no tronco das tílias européias, no amplexo

de um aroma apícola, num ápice surrealista.

Na esfíngica escuridão total me perseguem

as sinestesias da vida, que em sinergismo

se encaixa a porção de meus outros sentidos

e imprime certo significado à insígnia

de um poetisa deveras romanesca.

Na dualidade do negro reinam cachos

dourados de sonhos, devaneios, fantasias

fermentadas por enigmas, desígnios

fantásticos que navegam no mar da ventura

e soçobram aos primeiros raios de sol.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 03/06/2010
Código do texto: T2296508
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