Indesejável presença

Sinto de novo
sua indesejável presença.
Percebo a sombra do seu corpo
dançando aquele macabro ritual.

Arrepio, sinto mal
ao contato de sua áspera língua.
Sinto seu hálito de morte
invadir mais uma vez minhas narinas.

Seu beijo traiçoeiro tenta
tragar meu fôlego, meu alento.
Suas mãos deslizam e me arranham
e querem extirpar do meu peito
o órgão do sentimento.

É você de novo,
conheço de longe
seu péssimo odor,
cheiro de sangue fresco
arrancado com crueldade e dor.

Maldita tristeza,
angústia,
agonia...
não sei bem o seu nome.

Nunca te vi,
Sempre te senti.
Quando vai me deixar?

Weverton Fonseca
Enviado por Weverton Fonseca em 31/05/2010
Reeditado em 09/06/2010
Código do texto: T2292287
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