Berber dessa taça amarga

cada manhã
uma tortura que pulsa
em agonia

uma dor de sonhar
e de não ser
mais que uma sombra que brota
em sol de dor de cada dia

ânsias de voar além
e nada ter
senão olhos ávidos de esplendor
e a obrigação e o dever
de ficar ainda hoje e de beber
da taça amarga até ficar vazia.