Abuso Sexual
No raiar do dia
Dia afora
No breu da noite
Noite morna
Uma alma chora
Largada a sorte
Serpente que ronda
Com medo da morte
O grito se cala
Soluça baixinho
Carne sangra
Olhos fechados
Tesouro roubado
No peito um vazio
Silêncio absoluto
Do “pós absurdo”
Só queria um abraço
Carinho, afago
Queria ser Deus por um minuto
E arrancar do peito
A dor e vergonha
A culpa e o medo
Gritar essa angústia
Que corrói entranhas
Tão verde ainda não entende
Como pode existir tamanha
Brutalidade humana
Talvez nunca entenda
Pois lá está ela – para sempre
Colossal cicatriz
Enraizada na alma
Cada vez que for tocada
Trará a tona revolta
As cores cinza daquele dia
Em que queria um abraço
Amparo, compreensão, conforto...
Oh Deus como queria!
Hoje!
Hoje vive desconfiada
De tudo, do nada
E seus olhos tentam ver
Onde mora o perigo
- em qualquer lugar –
Ficou adulta cedo demais
Desconfiada – não vive
Morre a cada segundo
Tentando sua vida
sem vida - salvar
E seu maior desejo
É de que o tempo
Pudesse voltar
Queria apenas ser feliz
E o passado poder apagar!
Dedico estas linhas a toda criança, adolescente ou adulto que já sofreu algum tipo de abuso sexual, fato que fere a alma, rouba a paz
os sonhos, por vezes a vida, sempre existirá uma vítima e por conseguinte vitimados, seus familiares. Meu carinho fraterno a todos aqueles que tem a coragem de registrar uma denuncia, para aqueles que lutam pela causa, para aquelas mães que tem coragem de denunciar um membro da família, para todos os integrantes do programa Sentinela (Programa governamental criado especialmente para cuidar das situações de violência sexual contra crianças e adolescentes em todo o país).
Se você souber de algum caso, ou for uma vítima, não fique com vergonha ou medo. Ligue imdiatamente para o número 100. A denuncia é gratuita e pode ser anônima.
khayssa
25/05/2010
No raiar do dia
Dia afora
No breu da noite
Noite morna
Uma alma chora
Largada a sorte
Serpente que ronda
Com medo da morte
O grito se cala
Soluça baixinho
Carne sangra
Olhos fechados
Tesouro roubado
No peito um vazio
Silêncio absoluto
Do “pós absurdo”
Só queria um abraço
Carinho, afago
Queria ser Deus por um minuto
E arrancar do peito
A dor e vergonha
A culpa e o medo
Gritar essa angústia
Que corrói entranhas
Tão verde ainda não entende
Como pode existir tamanha
Brutalidade humana
Talvez nunca entenda
Pois lá está ela – para sempre
Colossal cicatriz
Enraizada na alma
Cada vez que for tocada
Trará a tona revolta
As cores cinza daquele dia
Em que queria um abraço
Amparo, compreensão, conforto...
Oh Deus como queria!
Hoje!
Hoje vive desconfiada
De tudo, do nada
E seus olhos tentam ver
Onde mora o perigo
- em qualquer lugar –
Ficou adulta cedo demais
Desconfiada – não vive
Morre a cada segundo
Tentando sua vida
sem vida - salvar
E seu maior desejo
É de que o tempo
Pudesse voltar
Queria apenas ser feliz
E o passado poder apagar!
Dedico estas linhas a toda criança, adolescente ou adulto que já sofreu algum tipo de abuso sexual, fato que fere a alma, rouba a paz
os sonhos, por vezes a vida, sempre existirá uma vítima e por conseguinte vitimados, seus familiares. Meu carinho fraterno a todos aqueles que tem a coragem de registrar uma denuncia, para aqueles que lutam pela causa, para aquelas mães que tem coragem de denunciar um membro da família, para todos os integrantes do programa Sentinela (Programa governamental criado especialmente para cuidar das situações de violência sexual contra crianças e adolescentes em todo o país).
Se você souber de algum caso, ou for uma vítima, não fique com vergonha ou medo. Ligue imdiatamente para o número 100. A denuncia é gratuita e pode ser anônima.
khayssa
25/05/2010