CASTIGADO PELO AMOR
Esse coração cambaleia,
Parece está embriagado,
Esse punhal cravado no peito,
Faz-me lamentar o passado.
Essa dor que se apodera de mim,
Como a dor de uma parturiente.
Ai! É o fim.
Fez descansar até mesmo a alegria da harpa,
Já não adianta beber o vinho entre canções,
Toda bebida parece-me amarga.
Todos levantam a voz e cantam com alegria,
A embriaguez deles se dá com o vinho,
Enquanto eu, embriagado de tristeza,
Nesta noite até a lua se envergonhará de mim.
Estou vazio, com fome e sedento de amor,
Abandonado e desamparado como em um deserto.
E essa tempestade de impetuosas águas,
Transbordam e inundam a minha face,
Não sei, porque tanto me despreza!