Medo

O medo nadando em lagrimas

Almas partidas ao meio

Espíritos em devaneio

O corpo desaparecendo

No escuro em pleno dia

A falta que queima e corta

Um grito sem resposta

O álcool levando o alimento

Fome medo e agonia

O quadro é a cara do tormento

De tanto sofrimento

No tempo se perdia

Sem saber se era tarde,

Se, era noite, se era dia

A esperança se desfazendo

A tristeza crescendo

O corpo tremendo

Ai meu Deus

Que agonia. .

Se tudo ficou assim

Se ainda dói neles, em tu e em mim

Ainda não é o fim

O que será da gente pai

Se deixarmos o recomeçar?

O desistir é morrer estando vivo

O recomeçar é viver depois

De conhecer o medo

De não poder mais.

Bia Lira

Bia Lira
Enviado por Bia Lira em 24/05/2010
Código do texto: T2276259
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