Medo
O medo nadando em lagrimas
Almas partidas ao meio
Espíritos em devaneio
O corpo desaparecendo
No escuro em pleno dia
A falta que queima e corta
Um grito sem resposta
O álcool levando o alimento
Fome medo e agonia
O quadro é a cara do tormento
De tanto sofrimento
No tempo se perdia
Sem saber se era tarde,
Se, era noite, se era dia
A esperança se desfazendo
A tristeza crescendo
O corpo tremendo
Ai meu Deus
Que agonia. .
Se tudo ficou assim
Se ainda dói neles, em tu e em mim
Ainda não é o fim
O que será da gente pai
Se deixarmos o recomeçar?
O desistir é morrer estando vivo
O recomeçar é viver depois
De conhecer o medo
De não poder mais.
Bia Lira