Murmúrios...

Pra ti esquecer viveria sempre ébrio
Alheio a triste realidade de não te ter
Desespero...
Afogo-me nas lágrimas do prato da saudade
Saudade incurável daquele tempo teu
Que os deuses me socorram!
Que alguém me resgate da dor avassaladora
Alienação...
Já tranquei tudo!
Na esperança de proteger-me
Contudo, eu queria que a porta estivesse aberta
Que você chegasse pra me habitar
Pra fazer morada em minha tenda
Servi-te do melhor carinho e afeto
Olhar-te mais outra vez e ver tudo cristalizar
Diante o nosso amor
Obsessão...
Desperto do sonho
O violão espera ser tocado
A boca aguarda o teu toque
O coração anseia descompassar em tua presença
Saudades...
Desejo, com ânsia, beber o cálice do esquecimento
Lastimo pelo dia que o meu peito enamorou de ti
Pois, desde então, eu perdi a paz, o sono tranquilo
Tortura...
Parei tudo
Abandonei aquele livro
A música canta na minha ausência
O poema perde a elegância
O riso desfalece
Só você que não para em mim
Apatia...
Como pode ser sinônimo de sofreguidão?
Estarei sentenciado a saborear o gole amargo?
Até quando?
Quando dançaremos a sinfonia do reencontro?
Deixarei de pensar em nós?
Verei sepultada a nossa história?
Romperei com o luto que asfiquicia?
Quantas perguntas difíceis!
Resignar...
Vago desorientado
Arrasto as correntes que me prendem a você
Dou passos cambaleantes
Convenço-me de que eis a minha
Loucura...


Imagem - Fonte: Google

Toni DeSouza
Enviado por Toni DeSouza em 22/05/2010
Reeditado em 07/10/2010
Código do texto: T2273339
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