ÚLTIMO SUSPIRO DE VIDA...

Meu pai sofreu

os males do fumo;

coisa inútil e fútil

matando homens...

Meu pai sofria,

pedia a morte;

ela, teimosa,

não lhe atendia...

Até que um dia

de calma e paz;

sem alarde ela

chegou e ele morria...

Morreu como quem

obedecia a uma ordem;

os olhos suavemente

foram se fechando...

Meu Deus!

Eu assisti a tudo.

Assisti seu último

suspiro de vida...

E uma dor absurda

no meu peito

ficou morando;

morada eterna...

Se eu pudesse

apagaria na boca

de cada homem

a chama da morte...

E, lhes salvaria

da triste sorte

de ter a morte

em meio a fadiga...

Mas, eu e o mundo

perdemos essa briga

para os impostos que

o governo pensa que lucra.

Esquece da conta

na outra ponta.

Quem sabe aponta

com a ponta do lápis o

déficit de inteligência que

afeta o povo e ao (des) governo

desse mesmo povo que morre todo

dia de falta de ar, por não acordar a tempo...

IVAN CORRÊA
Enviado por IVAN CORRÊA em 18/05/2010
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