ÚLTIMO SUSPIRO DE VIDA...
Meu pai sofreu
os males do fumo;
coisa inútil e fútil
matando homens...
Meu pai sofria,
pedia a morte;
ela, teimosa,
não lhe atendia...
Até que um dia
de calma e paz;
sem alarde ela
chegou e ele morria...
Morreu como quem
obedecia a uma ordem;
os olhos suavemente
foram se fechando...
Meu Deus!
Eu assisti a tudo.
Assisti seu último
suspiro de vida...
E uma dor absurda
no meu peito
ficou morando;
morada eterna...
Se eu pudesse
apagaria na boca
de cada homem
a chama da morte...
E, lhes salvaria
da triste sorte
de ter a morte
em meio a fadiga...
Mas, eu e o mundo
perdemos essa briga
para os impostos que
o governo pensa que lucra.
Esquece da conta
na outra ponta.
Quem sabe aponta
com a ponta do lápis o
déficit de inteligência que
afeta o povo e ao (des) governo
desse mesmo povo que morre todo
dia de falta de ar, por não acordar a tempo...