CAINDO DE MIM
O dia amanheceu acabrunhado,
Nuvens negras descoloriram o céu.
O horizonte cambaleante quedou
Encoberto por cinza degradante,
Anunciando o dia do acerto final.
Felicitado, olhei de soslaio,
E percebi a chegada da tristeza
Que vinha me felicitar
Por mais um dia desprezível
Acrescido pela maçante rotina.
Ouvi o desfalecido trovão rugir.
Abri os braços e assenti prazerosamente
A chuva ácida despertar-me.
Era um doce desencanto
Que molhava meu esquálido corpo
E ufanava meus destroços.
Frente às animosidades da vida,
Com sentimento descontinuado,
Tornei-me hermético e sisudo.
Ate o sorriso tornou-se mumificado
E desprendeu-se abruptamente
Do enojante corpo que pendia.
Eu nulifiquei minha estadia
Abstido do falso afago.
Ate a lua transluziu em mim,
Nuance de mau presságio.
Encantei-me com a derrocada
Que chegava para interceptar a viagem,
e Descortinar a premissa do fim.
Eu estava despojado do sonho,
Não havia temeridade no fenecimento,
Toda a desgraça era um doce alento
Que me subtraia as forças,
Mas adicionava o tédio necessário
Para que eu pudesse enxergar
Minha própria queda.
Extasiado, vi-me, caindo de mim.
www.pauloizael.com
paulo.izael@ig.com.br
"escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo"!
O dia amanheceu acabrunhado,
Nuvens negras descoloriram o céu.
O horizonte cambaleante quedou
Encoberto por cinza degradante,
Anunciando o dia do acerto final.
Felicitado, olhei de soslaio,
E percebi a chegada da tristeza
Que vinha me felicitar
Por mais um dia desprezível
Acrescido pela maçante rotina.
Ouvi o desfalecido trovão rugir.
Abri os braços e assenti prazerosamente
A chuva ácida despertar-me.
Era um doce desencanto
Que molhava meu esquálido corpo
E ufanava meus destroços.
Frente às animosidades da vida,
Com sentimento descontinuado,
Tornei-me hermético e sisudo.
Ate o sorriso tornou-se mumificado
E desprendeu-se abruptamente
Do enojante corpo que pendia.
Eu nulifiquei minha estadia
Abstido do falso afago.
Ate a lua transluziu em mim,
Nuance de mau presságio.
Encantei-me com a derrocada
Que chegava para interceptar a viagem,
e Descortinar a premissa do fim.
Eu estava despojado do sonho,
Não havia temeridade no fenecimento,
Toda a desgraça era um doce alento
Que me subtraia as forças,
Mas adicionava o tédio necessário
Para que eu pudesse enxergar
Minha própria queda.
Extasiado, vi-me, caindo de mim.
www.pauloizael.com
paulo.izael@ig.com.br
"escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo"!