Espinho na Carne

Aproxima-se o tirano de minha vida

Espada em punho, sem nenhum remorso

Corta-me o coração aos pedaços

Espalhando ao vento as ilusões .

Solto o derradeiro suspiro

Esperando que a morte seja rápida a vir buscar-me

Peço ajuda aos céus, entrego-lhe minha alma

Meu olhar declara a minha dor ...

Ao meu carrasco falo coisas que ele não entende

Balbucio palavras que fluem do espírito

Mas ele cego e implacável

Não quer tirar-me somente a vida mas toda a razão para vive-la !

Fecho meus olhos e alcanço o espaço

Nada sou agora apenas silêncio

Talvez uma matiz a mais

Que mesmo assim orna de cores o arco Íris

Iluminando a estrada pelo qual irás passar!

(Paulo, apostolo de Jesus Cristo em oração pede ao Mestre que lhe retire o espinho da carne.

Pedido ao qual o Senhor lhe responde:

“Paulo, a minha graça te basta!”)