Morte Branca
MORTE BRANCA
(Aos alpinistas mortos)
É preciso gritar para acordar os montes
Que dormem sob as geleiras.
Enquanto há paz na brancura dos Andes,
As fogueiras crepitam nos corações
Com labaredas que devoram o oxigênio
E as enojadas lhamas cospem os nossos rostos
Marcados de pranto.
Difícil é reter o pensamento
Que desliza no desfiladeiro
Com o alpinista vestido
De eterno branco.
Livre voa agora o falcão por sobre
A montanha de cristal...
Os sentimentos submergidos
Perpetuam-se como as lágrimas
Que se tornam cristais para sempre,
Que nunca se destroem,
Que nunca se rendem
À impiedade das avalanches.
MORTE BRANCA
(Aos alpinistas mortos)
É preciso gritar para acordar os montes
Que dormem sob as geleiras.
Enquanto há paz na brancura dos Andes,
As fogueiras crepitam nos corações
Com labaredas que devoram o oxigênio
E as enojadas lhamas cospem os nossos rostos
Marcados de pranto.
Difícil é reter o pensamento
Que desliza no desfiladeiro
Com o alpinista vestido
De eterno branco.
Livre voa agora o falcão por sobre
A montanha de cristal...
Os sentimentos submergidos
Perpetuam-se como as lágrimas
Que se tornam cristais para sempre,
Que nunca se destroem,
Que nunca se rendem
À impiedade das avalanches.