AMOR À TERRA

Antes fartura:

Boas colheitas,

Barriga cheia,

Água jorrando,

Quartos repletos;

O jeito é estocar

No alpendre ou

Em outro lugar.

Hoje há sequidão...

Fome na terra,

Fome nos rios,

Fome nas matas,

Fome nas nuvens.

Fome não falta.

Se o céu não chora,

Eu verto lágrimas.

Não posso vender minhas terras!

Elas são parte de mim!

Quando não mais houver água,

E o fruto não puder vingar...

Comerei cada torrão,

Então, morrerei feliz,

Nas terras que me deu pão

E me serviu de berço!

Obs. Esse poema nasceu depois da releitura do livro: A Boa Terra de Perl S. Buck.

Ione Sak
Enviado por Ione Sak em 12/05/2010
Código do texto: T2252758
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