PERDÃO DO TEMPO

Depois que a batalha termina e a revolta beba todo o seu amor,

Tudo o que resta é o amargo da desilusão. A imortalidade das palavras

O sabor de escutar e sentir o cheiro, e sentar ao lado e observar.

Até que deixem os muros para trás, para alcançar o vôo eterno.

Os dias chegaram e com eles a espada que anuncia a revolução

Que irá reinar e sob a guarda do vazio do sorriso.

A tirania foi à precursora da vontade, até que o amanhã enalteça

As glorias do fracasso, que uma nova batalha não aconteça

Que a vontade de você se misture aos contos e um novo reino surja

Que círculos de fogo, e cantigas de mistérios enalteçam a prometida.

Que ninguém me veja cair nas guerras, que as feridas cultivadas

Destruam as perpetuas juras, que os ventos levem o meu grito

E que alcance o puro acorde quando a dor nos obrigar olhar para traz

Estejamos prontos para o infinito espalhando a esperança primitiva

E quando a lamina da foice riscar a pele, leve tambem a dor

Ao meu redor e com lagrimas aos olhos sorriria o perdão do tempo.