Cafetina da Luz

Na inquietude

[ do clarão

[do candeeiro,

Maria deita-se ébria.

Seus olhos reflectem

[aquele amor de álcool.

E os dedos têm por anel

[o inchaço.

____ Morta____

O vento beija salobro

[a meretriz

Fechando as pálpebras negras de ruge.

No seu colo entrou o mundo

[de machos,

[no tempo em que seus

[seios amamentavam bocas adulteras.

A fumaça dos charutos a tragou.

Os whiskeres afogaram sua alma.

Veja! Pálida sobre as rosas,

Maria, morta, agora

[exala

[o álcool das flores.

Arquelau de Satna
Enviado por Arquelau de Satna em 11/05/2010
Código do texto: T2249906
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