Incontida dor
Por que assim tão calada?
...Cabisbaixa.
Não te deslumbra este céu?
...É de límpida cor.
Vê... as árvores vestem os campos...
Abrem caminhos para que a mim possas chegar.
... Inteira, disponível no pensar e no agir.
Tenta encontrar no azul celestial as gotas da vida
...São como a chuva a fecundar o chão.
Recomponhas, então, as tuas emoções,
pois as borboletas te seguem...
Sentem o perfume da tua pele macia e alva.
Vê as flores abrindo-se à luz do sol...
Põe o colorido em tua vida
e deixa o brilho das estrelas espargir sobre ti
... Em teu corpo e tua alma.
A noite é apenas mais um movimento
da vida que se refaz dia após dia.
Por que esta penumbra a embaçar-te a visão?
...É claro o dia.
Esquece o temor.
Revela-te ao mundo
... Sem segredos no coração.
... Sem tristeza na alma.
Desnuda-te!
Somente assim entenderei
...a tua dor.
INTERAÇÃO
Noite sombria que me lembra a morte ......Morte....Morte...MorteEsqueço tudo que vive na outrora de minha vida.....Vida....Vida....VidaVagueia em meu ser uma leve tristezaQue preenche a minha alma tão castigada ....Alma....Alma...AlmaA solidão é minha grande aliadaAnda ao meu lado, eis minha grande amiga....Amiga...Amiga...Amiga Não vejo e nem sinto um novo diaVivo em um velho mundoOnde a noite é eterna e intensaO sol não dar seu brilhoVivo sempre a sonhar em enxergar o caminho que estou andando......Andar....Andar....AndarEstou na estrada sentado em meio de cobrasSomente sinto não vejo.
Desnudo-me então...E mostro minha dor, assim, escancarada...Dor feita de sonhos desfeitos, de amores contidos, de venenos bebidos, de horas passadas vagando em mim mesma. Desnudo-me então... E mostro-lhe as lágrimas choradas em vão, lágrimas colhidas perante uma porta trancada a chave perdida cujo nome é coração...
Gosto! Gosto tanto que emudeci...Aprecio! Aprecio demais esse tipo de escrita...Assim dita...Estagnada...Sanagrada...Na penumbra das emoções...VIceralmente belíssima! Sublime!! Além de todos os umbrais da imaginação. Surreal...Intensa...Um alento pra todos os meus labirintos.... Aplausos diva...deidade...Um jeito de dizer....Li-me. Um eseplho da minha alma.
O movimento da noite// É o mais forte açoite// A demostrar à minha pequenez// Toda a arraigada morbidez que guardo n'alma entristecida... Lava-me a ferida// É a dor aberta e desnuda// De mi'alma que reluta// Na inconstante e cortante luta// De sobre__viver, sub__vivendo, assim...
Essa dor que me mora em meu peito/ por vezes tento dela fugir/ agora que a noite chegou em meu leito/ procuro intensamento reagir/ porém é tarde vejo que tudo está desfeito...
O NOME DA DOR
A minha dor tem nomeTem corTem saborO nome é solidãoA cor é pretaO sabor...É amargo!Escancaro meus sentimentosPois apenas em um momentoSaberia ter vividoPor este amor sentidoPela paixão...Meu tormento!Não te desdenhes de mimQue tu também és assim.Um poço de solidãoDe amargura se revestePara não mostrares as vestesDa tua carência.Não rias de minha dor...Pois o que sinto é amorQual sofrimento me deste.(Milla Pereira)
E nesse lado obscuro de minha'lma/Perco-me em sentimentos confusos/Escondidos e assustadosFantasmas de meu ser.
Ah, dor, companhia do vazio/Vento que sopra o frio.../Triste é ser seu neste momento/Amargo o gosto deste tormento.../Mas, dor... Por que me queres?/Esteja onde estiveres/Serás maldita!/Ninguém lhe quer, acredita!/Muda, te transforma!/Há um outro jeito, outra forma!/Dor, porque vives com o rancor/Te ausentas da alegria/Vive a noite e esquece o dia?/Te imploro, muda tua sorte!/Pede e faz tua morte!/ E renasça, com cor e graça!/Não esquece dor... O tempo passa... (Sandro La Luna)...
Por tantas vezes ficamos noite sem nenhuma estrela,fechando os alhos pro sol que nos oferece um novo dia,escurecemos por tantas incertezas e a tempestade se fortalece da nossa covardia...nos escondemos nas nuvens negras da solidão,enquanto a chuva da saudade se faz torrente em nosso coração,encharcando a alma,naufragos ficamos sem norte,sem direção...tantas são as noites que deixamos sem luar,ainda que o céu cheio de estrelas nos convide a ver o sol raiar...
Sofrimento que come a alma,/ carcome a carne, é duro viver assim./Melhor seria se o vento soprasse,/ se o céu se abrisse e eu entrasse,/ se eu me fosse inteira de mim.
Ai de mim se de olhos fechados aguardar o nascer do sol... Se não abrir as janelas, afastar as cortinas e dar adeus a fria brisa que embala a longa madrugada... Vagarei na escuridão e no refúgio das sombras me tomará por amante a solidão! (Zanna Santos)