Entre flores de cerejeiras...
Lá estar meu amigo vento
Bailando sobre pés de cerejeira
Isso vejo em pensamento
E em tal beleza me sinto jardineira
Por que estou neste cenário?
Por que minha alma voa pra tão longe?
Me contentaria com a beleza do rio
Ou simplesmente do horizonte
No amanhecer ou entardecer
Mas hoje meu sentir aqui não quer ficar
Minha alma só quer voar
E lá estar ela! Leve e feliz
Passeando entre as cerejeiras
Banhada por pétalas nunca tocadas
Sentido cheiros desconhecidos
Andando onde nunca pisou
Falando sons que nunca falou
Por que minha alma?
Você quer ir tão longe?
Meu corpo estar muito fragilizado
E mesmo querendo não pode te acompanhar
Porque estar vigiando e contemplando
As últimas folhas secas que bailam no vento
A nuvem de poeira que do chão se levanta
O chão ressecado e rachado
E as árvores sem folhas e adormecidas
Também precisa olhar e cuidar
Da roseira que não pode mais abrir suas flores
E seus botões comigo falam
Das fadas que perderam seus sonhos
E que as encontro chorando
Dos anjos famintos que me rodeiam
Pedindo gotas de esperança
Das aves lindas que se poluíram
E perderam sua beleza...
E dos canteiros que plantei
Por tudo isso minha alma!
Meu corpo quer lhe aprisionar aqui
Pra você enfeitar, perfumar e dar sabores
A este meu mundo real
Mas entendo a sedução do lugar pra onde voas
E queria te acompanhar
Esquecer meu corpo físico
Mas eis que ele dói muito
E a dor, ainda não posso deixá-la...
Fico com ela, por isso não voo contigo
Mas te vejo e sinto
Muito longe... Sem medo e sem dor...
Entre abelhas, besouros, passarinhos e borboletas
Sobrevoando o florescer das cerejeiras ...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal,02.05.2010
Imagem retirada do Google
Texto publicado no meu 5º livro "Palavras de Luz..."
Lá estar meu amigo vento
Bailando sobre pés de cerejeira
Isso vejo em pensamento
E em tal beleza me sinto jardineira
Por que estou neste cenário?
Por que minha alma voa pra tão longe?
Me contentaria com a beleza do rio
Ou simplesmente do horizonte
No amanhecer ou entardecer
Mas hoje meu sentir aqui não quer ficar
Minha alma só quer voar
E lá estar ela! Leve e feliz
Passeando entre as cerejeiras
Banhada por pétalas nunca tocadas
Sentido cheiros desconhecidos
Andando onde nunca pisou
Falando sons que nunca falou
Por que minha alma?
Você quer ir tão longe?
Meu corpo estar muito fragilizado
E mesmo querendo não pode te acompanhar
Porque estar vigiando e contemplando
As últimas folhas secas que bailam no vento
A nuvem de poeira que do chão se levanta
O chão ressecado e rachado
E as árvores sem folhas e adormecidas
Também precisa olhar e cuidar
Da roseira que não pode mais abrir suas flores
E seus botões comigo falam
Das fadas que perderam seus sonhos
E que as encontro chorando
Dos anjos famintos que me rodeiam
Pedindo gotas de esperança
Das aves lindas que se poluíram
E perderam sua beleza...
E dos canteiros que plantei
Por tudo isso minha alma!
Meu corpo quer lhe aprisionar aqui
Pra você enfeitar, perfumar e dar sabores
A este meu mundo real
Mas entendo a sedução do lugar pra onde voas
E queria te acompanhar
Esquecer meu corpo físico
Mas eis que ele dói muito
E a dor, ainda não posso deixá-la...
Fico com ela, por isso não voo contigo
Mas te vejo e sinto
Muito longe... Sem medo e sem dor...
Entre abelhas, besouros, passarinhos e borboletas
Sobrevoando o florescer das cerejeiras ...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal,02.05.2010
Imagem retirada do Google
Texto publicado no meu 5º livro "Palavras de Luz..."